Como o DNIT vem atuando na reconstrução da região da Serra do Rio das Antas.
O mês de maio de 2024 trouxe grandes desafios para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Rio Grande do Sul. A catástrofe promovida pelo excesso de chuvas trouxe danos enormes e severos à rodovia BR-470, região da Serra do Rio das Antas. De acordo com o engenheiro Adalberto Jurach, que é Chefe de Serviços da Unidade Local em Passo Fundo, que administra a rodovia na região, foram quase uma centena de ocorrências, interditando a via, e deixando veículos e pessoas presas entre os destroços. “Um cenário desolador. Uma região linda pela natureza, fortemente destruída pelos deslizamentos. Muita gente fora das suas casas, que tiveram enormes danos. Rodovia obstruída e danificada, assim como muitos veículos”, frisou.
Assim que iniciou a maior tragédia climática do estado, as equipes do DNIT foram a campo para realizar as limpezas e desobstrução. Como a chuva não cessou, se mantendo constante e intensa, as movimentações de terra aumentaram em número e volume. Com isso, a BR-470 ficou totalmente interditada. “Nossa primeira ação foi movimentar o máximo de pessoal e equipamentos para auxiliar, num primeiro momento, aos resgates de pessoas”, disse Jurach. Enquanto a limpeza iniciava, ações de identificação dos danos aconteciam em paralelo, por meio do uso de drones, sobrevoo com helicóptero e análise visual da extensão mais atingida, que envolvia o segmento do quilômetro 178 ao 202 da rodovia.
Para ter agilidade e quantificar cada ocorrência, a autarquia fez uso de equipamento scaner, que usa laser pulsante acoplado a um drone. Este trabalho de escaneamento forneceu uma imagem 3D do segmento avariado e das ocorrências. “Cada deslizamento, cada escorregamento e cada fluxo de detritos foi mapeado e assim tivemos a real dimensão de cada ponto, servindo de orientação para os trabalhos de reconstrução e agora para a montagem dos projetos para contratação das obras de recuperação e contenção”, destacou o engenheiro.
Celeridade e comprometimento
O DNIT fez a mobilização da supervisão de obras, das empresas com contratos vigentes, tanto de obras quanto projeto, de equipamentos terceirizados, muitas pessoas e máquinas, promovendo, de imediato, uma grande e efetiva mobilização, e conseguiu realizar a limpeza das barreiras, dos dispositivos de drenagem e a reabilitação da rodovia, com condições mínimas de tráfego, e em 60 dias liberou, em horários estabelecidos, o tráfego na via.
Atualmente, sempre com monitoramento constante, o tráfego está liberado e operando no sistema de pare e siga em dias sem chuva, entre as 5h30min e às 19h. “O trânsito voltou para esta importante rodovia”, frisou Jurach. Já em dias chuvosos, o tráfego de veículos volta a operar no sistema de comboio.
A fase agora é de muita movimentação de obras. “Queremos sair desta situação melhor do que entramos. Há avaliação e projeto para, inclusive, dois viadutos, nos locais fortemente destruídos pela movimentação de terra”, falou o engenheiro. Em aproximadamente 60 quilômetros da BR-470, entre Veranópolis e Bento Gonçalves e entre Barão e Montenegro, haverão muitas obras, com vários lotes trabalhando em conjunto para recuperação e contenção. “A contratação do lote 7, inclusive, foi efetivada agora no mês de outubro e há proximidade da contratação dos demais”, destacou.
Sete pontos estão com atividades de obra, sendo eles: no km 189; km 190,840; km 198,120; km 200,640; km 208,840; km 217,600 e no km 217,860. Em três pontos os serviços já foram concluídos: no km 232,260; no km 217,600 e no km 209,100. As obras com atividades intensas devem se estender, no mínimo, por dois anos, com valores superiores a R$ 500 milhões.
* Obras Emergenciais BR-470/RS
Ponto 5 – (km 190,840)
– Mobilização de canteiro, materiais, equipamentos e mão de obra;
Ponto 8 – (km 198,120)
– Injeção dos grampos de ancoragens, instalação de tela de alta resistência e limpeza e organização de área;
Ponto 11 – (km 200,640)
– Execução de tirantes, terraplanagem com corte e aterro, execução dos painéis da cortina;
Ponto 12 – (km 208,840)
– Preparo de placas de sinalização provisória de obra para instalação no trecho da rodovia, locação topográfica;
Ponto 14 – (km 217,860)
– Instalações e melhorias de canteiro; perfuração de talude para instalação de grampos de ancoragens;
Ponto 15b – (km 217,600)
– Ensaios de arrancamento.